Mulholland Drive e o Mundo Dos Sonhos de Lynch

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Acredito que a primeira coisa que eu vi algo do David Lynch tenha sido, Eraserhead (1977). Aonde mesmo sendo o primeiro filme do cineasta já apresenta a principal característica de sua filmografia a chamada lógica de sonho que seus filmes seguem, aqui aplicado como se fosse um pesadelo em um estilo claustrofóbico, com temas sobre cometimento e paternidade. Depois segui para oque é considerada sua conhecida e mais renomada obra Twin Peaks (1990) e suas duas sequencias, o filme Twin Peaks: Fire Walk With Me (1992) e a série Twin Peaks: The Return (2017). Aonde na serie original temos um tom mais leve para contrastar os momentos mais sombrios dela. Estes momentos cômicos, que funcionam tão bem pelas situações absurdas que ocorrem ao decorrer da série, estão menos presentes em Fire Walk With Me e The Return aonde os temas mais pesados da série original vem a tona com toda a força. Mas pra mim nenhum desses exemplos é o melhor coisa que ele tenha produzido.

Esta honra iria para mim para seu filme de 2001, Mulholland Drive ou como chegou aqui no Brasil Cidade Dos Sonhos. Ele se tornou um de meus filmes favoritos dês que eu assisti-lo pela primeira vez. Nele Betty, interpretada pela Naomi Watts, sobrinha de uma atriz de Hollywood se muda para a casa da tia enquanto ela vai viajar para tentar sua sorte se tornando uma atriz, enquanto isso temos também Rita, interpretada pela Laura Harring, uma mulher misteriosa que perdeu a memoria após um acidente que ocorre e toma refugio junto com Betty. Em mulholland Drive, Lynch refina sua pratica ao contar uma historia potente cheia de emoção. Por ele não seguir uma forma convencional de direção nem de roteiro, tirando suas ideias através de meditação profunda, que de acordo com ele conecta ele com um mar de consciência (seja lá oque isso signifique), ele através de sua lógica de sonho passar uma humanidade que é difícil encontrar em outros filmes do mesmo jeito do que o dele.

Betty (Naomi Watts) em Mulholland Drive.

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