Também conhecido por “Alegoria da Caverna”, descreve que alguns homens, desde que nasceram, geração após geração, foram aprisionados em uma caverna e nunca vira o mundo de fora. Eles não podem se mover, por conta das correntes que os mantem imobilizados, virados de costas para a entrada da caverna, veem apenas o seu fundo e atrás deles há uma parede pequena, onde uma fogueira permanece acesa. Por ali, passam vários comerciantes, mas a parede oculta os corpos, os prisioneiros só conseguem enxergar a sombra dos objetos carregados.
Os prisioneiros consideram essas sombras como tudo que existe no mundo.
Certo dia, um dos prisioneiros consegue se libertar e, com muita dificuldade, busca a saída da caverna. O (agora) ex-prisioneiro pensa em desistir de sair da caverna e voltar para o conforto da prisão, mas ao se encanta com o exterior da caverna. Com o objetivo de libertar seus companheiros e mostrar-lhes a verdade, o homem volta à caverna.
Quando Sócrates contou essa história para Glauco, disse para ele imaginar o que aconteceu com esse homem. Glauco responde, os outros prisioneiros não acreditariam no seu testemunho e que aquele que se libertou teria dificuldades em comunicar tudo o que tinha visto. Por fim, era possível que o matassem sob a alegação de perda da consciência ou loucura.
Agora, como que isso se liga ao senso comum?
Senso comum é uma opinião popular, passada de geração para geração, em tradições, costumes e/ou crenças de algum grupo social. Então ele é criado a partir de alguma experiência que tal parente teve e todos os outros familiares atribuíram como uma verdade absoluta.
A metáfora de Platão fala sobre como as pessoas ficam cegas com o senso comum e não se importam ou não querem saber se é real ou não, o ex-prisioneiro se impõem a comodidade da crença de sua família e encontra a visão verdadeira do mundo. E mesmo ele tendo saído da caverna e visto, os outros não acreditam e o chamam de louco.
Esse mito e o senso comum estão muito presentes na nossa sociedade atual, com notícias e vários pensamentos (vindos de, principalmente, por pessoas com muita influencia), fazendo outras pessoas terem o mesmo pensamento e não aceitando que esta incorreto.